domingo, 14 de setembro de 2008

Popos' Revolution ou La Revolución dos popôs ou A Revolução das Frutas

Maçã, Melão, Melancia, Morango, Jaca, Pêra, Uva, maçã, ou salada mista (diz o que você quer se me dar nenhuma pista)!
Grave. Grave é essa situação de frutas 'rebolantes' e promíscuas que vemos todo dia na TV.
Não têm nenhum discurso, não falam nada, menos mal, por que quando falam o impacto é forte. Se são ruins caladas, falando são ainda piores. Se tem algo que sabem fazer bem é tremer a bunda (algumas com bundas sensacionalmente exuberantes (despertam bastante desejo aliás) aqui pra nós).
A cada dia que passa temos mais frutas doidas dançando na TV e nos bailes educativos por aí a fora. Sim, bailes educativos por que essa é a nova educação, a educação do novo mundo, da era do sexo neo-liberal entre adolescentes onde tudo vale, tudo é permitido.
Emissões sonoras como: Dança do Créu, Bota no Pau e Baba Cachorrão, são o ganha pão dessa nova espécie de frutas transgênicas criadas em laboratórios de quinta, que aliás parecem estar fazendo uma revolução, invadindo os espaços e dominando até mesmo o mercadinho negro de música que elas dividiam com outras espécies de'trabalhadores'. Parece que a bandeira de tal revolução é: A Bundalização da Cultura Brasileira (BCB)
Atualmente rola uma polêmica sobre quem compôs na verdade a letra de 'Baba Cachorrão', a disputa é entre a maçã e alguma outra fruta (ou uma funkeira qualquer que não seja fruta, mas não sei quem é). Particularmente, eu se tivesse compopsto algo desse tipo eu me daria por feliz se alguém me roubasse tal obra prima.
As frutas defendem com autoridade sua integridade profissional, "ninguém pode desrespeitar e falar mal dessa maneira como falam do que fazemos, da arte que fazemos" -Fala de uma fruta aí que figurou (ou protagonizou) em uma das primeiras histórias bíblicas-, como se tudo isso tivesse algum valor artístico e não estivesse contribuindo para a desgraça e o declínio absoluto da nossa derradeira cultura.
É de matar.

" Enquanto pessoas se perguntam porque,
outras pessoas perguntam porque não
Até por que não acredito no que é dito,
no que é visto,
Ter acesso é poder e o poder é a informação,
Qualquer palavra satisfaz a garota, o rapaz
E a paz, qum faz, tanto faz?

O valor é temporário, o amor imaginário
a festa o perjúrio
O minuto de silêncio
é o minuto reservado de murmúrio,
de anestesia
O sistema é nervoso e te acalma
com a programação do dia
Com a narrativa
A vida ingrata de quem acha que é notícia,
de quem acha que é momento,
Na tua tela,
Quer ensinar fazer comida uma nação
que não tem ovo na panela
que não tem gesto,
Quem tem medo assimila toda forma de expressão com protesto!"

trecho da Canção: Xanéu nº 5 - O Teatro Mágico - Danilo Souza e Fernando Anitelli

Um comentário:

Angels disse...

é atiçar um dos extintos mais primitivo de qualquer ser deve ser uma grande arte mesmo. então oq os cachorros fazem no meio da rua tbm é arte? eles tem q cobrar